Gravidez no intercâmbio: conheça mais sobre a maternidade na Irlanda

Posted 08/10/2018

O intercâmbio na Irlanda é uma época repleta de mudanças e surpresas, certo? Mas você já imaginou engravidar durante esse período? Pois é, é uma revira volta e tanto na vida de uma mulher, mas que pode acontecer. Por isso, consideramos importante repassar algumas informações sobre a gravidez no intercâmbio na Irlanda. Confira!

Nós conversamos com a Gabriela Strautmann, que teve seu primeiro filho em Dublin, o Daniel. Segundo ela, a gravidez no intercâmbio não foi planejada, mesmo já estando em um relacionamento estável. “A surpresa e o choque foi muito grande, passam muitas dúvidas na nossa cabeça. Nós somos estudantes aqui, há a instabilidade de continuar ou não no país”, conta.

A decisão de ficar na Irlanda

Depois da confirmação da gravidez, a primeira pessoa para quem Gabriela deu a notícia foi sua mãe, que no começo queria muito que ela voltasse para o Brasil. “Ela não queria que eu tivesse o bebê aqui de jeito nenhum, mas depois eu expliquei como funcionava o processo de maternidade na Irlanda, e ela aceitou e ficou tranquila”, explica.

Foto: Divulgação

Já, Gabriela, afirma com toda certeza que nunca pensou em voltar para o Brasil para ter o bebê. Muito disso, foi pelo acesso à informação que ela teve. “Pesquisei e vi que havia muitos benefícios até mesmo para nós estudantes”, afirma. “O Governo dá todo e qualquer apoio para quem vai ter um bebê na Irlanda. Sem contar que desde roupas até fraldas são mais baratas”, complementa.

Conforme ela, os gastos em geral são mais baratos em comparação ao Brasil. Lá, seriam gastos em torno de R$17 mil para receber o mesmo atendimento que ela recebeu na Irlanda.

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Gravidez no intercâmbio na Irlanda

O primeiro passo para quem está grávida é ir ao GP (General Practitioner), ou seja, um clínico geral. Lá, a mulher faz ou refaz o teste de gravidez para obter a confirmação. Não é feito exame de sangue, apenas o de urina.

Essa consulta será cobrada, o que varia em torno de 50 a 60 EUR, dependendo do consultório. Após confirmada a gravidez, a mulher recebe o encaminhamento para o hospital de sua escolha. No caso da Gabriela, ela mora a uma quadra do hospital que ela escolheu para o parto do Daniel.

Foto: Divulgação

E a partir dessa etapa, a mulher não paga mais nada. O Governo da Irlanda estabelece que todas as futuras mães que residem no Estado têm direito a cuidados de maternidade gratuitos, cobrindo visitas pré-natal, parto e cuidados pós-natais. Mais informações você encontra neste link.

“Todas as consultas, exames, vacinas do bebê, o parto e todos os outros acompanhamentos que tivemos foram gratuitos. Paguei apenas a primeira consulta no GP e alguns ultrassons específicos que decidi fazer”, explica.

Vacinas

As vacinas que são pedidas para a mãe durante a gravidez são apenas duas: gripe e coqueluche. Essas, não estão inclusas no programa de maternidade, então é necessário pagar, mas custam 25 EUR cada uma.

Já o bebê toma várias vacinas com seis semanas e depois os reforços com dois meses. As vacinas do bebê estão inclusas no programa.

Tradição irlandesa x brasileira

Ao contrário do Brasil, na Irlanda é muito comum que as mulheres não saibam o sexo do bebê antes do nascimento, é algo natural para a maioria das irlandesas. Elas costumam preparar um enxoval neutro, escolher nomes masculinos e femininos e apenas na hora do parto ficam sabendo o sexo do bebê.

“Eu fiquei agoniada, pois o Daniel sempre foi muito tímido, não queria se mostrar no começo. Por isso, acabei descobrindo o sexo um pouquinho mais tarde do que o normal”, relembra.

Confira essas e outras informações no vídeo abaixo, onde a Gabriela conversou mais sobre o assunto: